Presidente da Microsoft pede investigação contra loja de aplicativos da Apple

 

Os tempos mudam mesmo. Depois de ser acusada de favorecer aplicativos da própria empresa como o navegador, em seu sistema operacional para computadores, o presidente da Microsoft, Brad Smith pede uma investigação antitruste voltada contra a loja de aplicativos da Apple. Para ele, está na hora de testar o modelo da App Store.

Como informou a Bloomberg, Smith disse que as lojas de aplicativos do Google e da Apple “impõem requisitos que cada vez mais dizem que existe apenas uma maneira de acessar nossa plataforma e passar pelo portão que nós mesmos criamos. Em alguns casos, eles criam um preço muito alto por pedágio – em alguns casos, 30% de sua receita deve ser destinada ao pedágio”.

 

Assim, se a Microsoft quiser vender suas assinaturas do Office 365 para quem usa iPhone e iPad, precisará compartilhar um repasse de 15% a 30% com a Apple. A Play Store do Google tem uma estrutura de taxas semelhante. No entanto, historicamente, a App Store da Apple gera muito mais receita para os desenvolvedores.

 

A Microsoft possui a Microsoft Store. Entretanto, esta não é popular entre os usuários de desktops Windows. Além disso, fica apenas com 5% do valor das vendas. Hoje, a empresa também luta com mais cautela na competição, depois que os reguladores dos EUA e da UE a puniram por vincular seu navegador Internet Explorer ao Windows nos anos 90. E sem sistema operacional móvel, ele se concentra na criação de aplicativos para iOS e Android.  

Empresas como Microsoft, Spotify e Netflix precisam usar a plataforma de pagamento da Apple se distribuírem pela App Store. Então, quando os usuários do iOS assinam um aplicativo por um ano, a comissão da Apple cai de 30% para 15%.

Reclamações se multiplicam

David Heinemeier Hansson, co-fundador e CTO do Basecamp, queixou-se esta semana que a Apple App Store rejeitou uma atualização do novo aplicativo de e-mail Hey. A Apple alegou que ele não ofereceu compras no aplicativo que seriam tratadas pelo sistema de pagamento da Apple e reduziriam as vendas. O serviço de e-mail custa US $ 99 por ano. A Apple pode reduzir ainda mais as receitas dos dispositivos iOS se a Hey não cumprir a regra.

 

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