Os setores que primeiro serão impactados pela tecnologia de reconhecimento facial
O software biométrico que está por trás dos aplicativos de reconhecimento facial é capaz de identificar estruturas, contornos e expressões do rosto. Algumas marcas já estão usando a tecnologia de forma criativa. A fabricante do enxaguante bucal Listerine, por exemplo, criou um aplicativo que usa reconhecimento facial para notificar pessoas cegas de que estão sorrindo para elas.
A tecnologia de reconhecimento facial ainda está em desenvolvimento, mas tende a ser disruptiva para diferentes setores. O maior ponto de atenção, no momento, é com a privacidade.
De qualquer forma, tudo indica que a ferramenta será usada em diferentes frentes, como o pagamento em lojas do varejo e o acesso a eventos, por exemplo. A plataforma americana CB Insights mapeou alguns setores que estão começando a se transformar com a tecnologia de reconhecimento facial. Veja quais são
Aplicação da lei
Assim como as startups estão desenvolvendo tecnologias para a aplicação na esfera pública, grandes empresas também seguem o caminho. A Amazon, por exemplo, está vendendo o reconhecimento facial para instituições que aplicam a lei. O setor também conta com a participação de universidades, como a Carnegie Mellon University, que vem trabalhando para ajudar a aprimorar a vigilância por vídeo. A universidade obteve uma patente para um método que pode ajudar a identificar suspeitos mascarados reconstruindo um rosto completo quando apenas a região periocular do rosto é capturada.
Como essa tecnologia ainda é relativamente jovem, os algoritmos não aprenderam o suficiente sobre as nuances entre rostos e tons de pele para fornecer a precisão total necessária para aplicação correta da lei. Em termos gerais, aliás, a tecnologia não está livre de falhas.
Saúde
O reconhecimento facial tem potencial de facilitar o acesso de pacientes a médicos e hospitais, eliminando filas e formulários. As aplicações, no entanto, vão bem além disso. Pesquisadores da Duke University, por exemplo, desenvolveram um aplicativo chamado Autism & Beyond que usa a câmera frontal do iPhone e algoritmos de reconhecimento facial para detectar autismo em crianças.
Varejo
Vincular esta nova tecnologia à personalização para os clientes pode se tornar uma grande oportunidade para o varejo. Ela poderia capturar o que um comprador está olhando e permitir que os varejistas posteriormente apresentem promoções relacionadas ao consumidor por e-mail ou anúncios on-line. Em outro exemplo, o Walmart tem uma patente de tecnologia que captura e analisa as expressões faciais das pessoas que esperam nas filas para avaliar sua satisfação.
Hospitalidade
O reconhecimento facial pode ser vinculado a um melhor atendimento ao cliente no setor da hospitalidade. Vincular a tecnologia à conta de um convidado permite que os funcionários ofereçam uma experiência melhor e mais personalizada. A tecnologia pode permitir, por exemplo, que um hóspede entre em um hotel para ativar seu check-in e a pessoa também pode usar sua imagem para entrar em seu quarto. Isso poderia liberar a equipe de recepção e atendimento para melhor servir os hóspedes.
Bancos
Os bancos estão começando a usar o reconhecimento facial como ferramenta de login segura para clientes que usam seus sites e aplicativos. O HSBC e o OCBC, de Cingapura, adicionaram biometria facial como opção para fazer login em contas bancárias acessadas em dispositivos móveis.
Diz-se que a tecnologia oferece “menos de uma chance em um milhão de erro de identidade”, tornando os serviços bancários on-line mais seguros. O CaixaBank, da Espanha, está usando o reconhecimento facial em seus caixas eletrônicos para fornecer aos clientes do banco uma camada extra de segurança. O escaneamento facial ajuda a prevenir fraudes, eliminando a necessidade de senha ou até mesmo de uma passagem de cartão, que são suscetíveis de serem roubados.
Setor aéreo
Semelhante aos avanços possíveis em hospitalidade, as viagens podem sofrer grandes mudanças com a implementação. As filas podem ser agilizadas para todos e os passageiros VIP podem ter uma experiência ainda mais personalizada. A JetBlue está testando o reconhecimento facial em vez de cartões de embarque para agilizar o processo. Os quiosques usam fotos de passaporte ou identidade do banco de dados da alfândega dos EUA para verificar os passageiros e deixá-los embarcar. No ano passado, a Delta também testou quiosques de leitura facial para ajudar os passageiros a despachar suas bagagens.