O roubo da identidade
O roubo da identidade
O que seria o roubo de identidade? Não é o roubo de seus documentos, mas da sua personalidade como cidadão, de sua privacidade, de seus sigilos financeiros.
Me lembro quando nos idos anos de 2005 acompanhava uma série de televisão em que um dos personagens teve sua identidade roubada e começaram seus terríveis pesadelos, ações na corte americana de cobranças, problemas com a polícia, inclusive sendo presa indevidamente.
O que acontece hoje em nosso país é o roubo de identidade dos cidadãos brasileiros, quando pessoas mal-intencionadas de posse de números dos documentos, RG, CPF e nome completo, baixam aplicativos de supostos bancos virtuais e abrem uma conta corrente.
Por que supostos bancos virtuais? Muitos bancos virtuais em seus APP e website induzem as pessoas acreditarem tratar-se de um banco quando, na verdade, são empresas de pagamentos autorizadas a operarem no sistema PIX.
Atualmente o Banco Central possui mais de 760 empresas cadastradas para trabalharem com o sistema PIX, sendo emissores e receptores das transferências de numerários via esta modalidade recém-inaugurada.
Ainda há mais de 60 empresas aguardando a homologação ou autorização do BACEN para atuarem nesta atividade.
Geralmente os meliantes que se utilizam deste tipo de golpe, invadem um perfil de uma empresa que vende no Instagram, por exemplo, e abrem uma conta em uma destas operadoras de meios de pagamentos, anunciam a venda neste post falso de algum produto por um preço muito atrativo, abaixo do mercado, e fornecem os dados para pagamento da conta também fraudada.
Após decorrido o prazo para que o comprador receba a mercadoria, ele se dá conta de que foi lesado, comparece a uma delegacia de polícia, abre um boletim de ocorrência e representa na mesma data.
É nessa situação quando a pessoa que teve sua identidade roubada é informada que há um inquérito policial que está apurando a má conduta.
Começa assim o pesadelo daquele que roubaram a identidade.
Como algumas empresas de meio de pagamento limitam o volume de transferências, os meliantes abrem contas em diversas outras, e com o passar do tempo inicia-se uma nova maratona do cidadão que teve sua identidade roubada, torna-se um martírio, uma penitência sem fim e cada dia mais problemas.
Você busca socorro junto ao Banco Central do Brasil e este diz que não tem como fiscalizar ou fazer qualquer coisa, mas o número do seu CPF está rodando como chave de PIX para os meliantes aplicarem cada vez mais golpes.
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