Tecnologia de GPS é utilizada para detectar câncer em estágio inicial
Tecnologia de GPS é utilizada para detectar câncer em estágio inicial
Um broncoscópio controlado remotamente que age como um sistema de GPS à procura de massas pulmonares difíceis de encontrar e realiza a biópsia com precisão, de acordo com um estudo colaborativo da Mayo Clinic. Esta pesquisa, que foi realizada em vários locais e publicada no Annals of Thoracic Surgery, estabelece uma base para encontrar com precisão o câncer em estágio inicial e tratá-lo com bioterapias regenerativas necessárias para estimular a cura.
A inteligência artificial obtida de tomografias computadorizadas direciona o cabo de fibra óptica do dispositivo robótico, indicando um trajeto, como o de um GPS, até os pequenos nódulos ou massas que os broncoscópios manuais podem não detectar. Uma biópsia é realizada pelas vias aéreas, e não pela pele, o que pode ajudar os pacientes a ter uma maior tolerância. O cirurgião conduz o broncoscópio com um controle remoto, rastreando o seu trajeto pelos pulmões em tempo real através de uma tela.
“Antigamente, não tínhamos uma forma confiável de alcançar estes nódulos nos pulmões pelas vias aéreas. Já este cateter é muito pequeno, alcança quase tudo e é capaz de acessar os nódulos pulmonares e realizar a biópsia neles”, diz Janani Reisenauer, M.D., primeira autora do estudo e cirurgiã torácica da Mayo Clinic. “É muito semelhante a conduzir um carro, tendo uma visão normal da rua, com a ajuda do GPS dizendo-lhe em tempo real onde virar à direita e à esquerda para chegar ao seu destino”.
Para se preparar para o futuro, o Centro de medicina regenerativa da Mayo Clinic está colaborando com
o Departamento de cirurgia torácica para desenvolver bioterapias que, um dia, poderão ser realizadas por meio desses broncoscópios robóticos. A nova tecnologia traz esperança àqueles que precisam do tratamento com terapias restaurativas para combater células cancerígenas, enquanto ainda preserva o tecido saudável circundante.
Pesquisadores da Mayo Clinic e de outros cinco centros médicos acadêmicos testaram esta tecnologia por controle remoto em 241 pacientes. No estudo mais abrangente feito até então sobre essa tecnologia em específico, o broncoscópio robótico localizou com precisão e realizou a biópsia de 271 nódulos pulmonares. O estudo revelou um risco muito baixo de colapso ou hemorragia pulmonar.
“Isso prova que podemos chegar aos nódulos e realizar a biópsia com uma consistência confiável. Agora, as peças estão se encaixando para começar a próxima fase”, diz a Dra. Reisenauer. “Isso pode significar a administração de quimioterapia, imunoterapia ou algum tipo de vetor viral que pode ser implementado e liberado na sequência para reduzir a carga da doença ou, potencialmente, curá-la. Isto pode transformar totalmente o tratamento do câncer de pulmão em estágio inicial”.
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